Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas
as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo.
Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo
obriga todos os cidadãos a serem curados quando completam dezoito anos. As
pessoas também enfrentam outras duras imposições das autoridades, como toque de
recolher, fiscalização sobre as artes e intensivo controle através de escutas
telefônicas e agentes nas ruas, sempre atentos a qualquer atividade suspeita.
Lena Haloway acredita que todas essas regras são para o bem
da população e aguarda ansiosamente o dia de sua intervenção. Essa é a coisa
certa e esperada a se fazer. Mas tudo que ela conhecia e em que acreditava
desmorona no momento em que Lena se apaixona por Alex. Faltando apenas noventa
e cinco dias para sua intervenção, será que Lena ainda escolherá a cura?
Série Delírio
Volume 1
352 Páginas
Editora: Intrínseca
Em uma realidade em que o amor é tratado como doença e os
cientistas descobriram uma cura para tal enfermidade, Lena não vê a hora de
completar seus 18 anos e receber a cura, pois receia passar pelo mesmo que
levou sua mãe a morte.
“Amor deliria nervosa produz alterações no córtex pré-frontal do cérebro, o que resulta em fantasias e ilusões que, uma vez reveladas, levam a devastação psíquica.” Pág. 141
Lena e Hana são melhores amigas e sonham com o dia da cura,
mesmo que sabendo que depois do procedimento não mais haverá amizade entre
elas. Tudo muda, depois da cura a pessoa é pareada com outro indivíduo pré-determinado
pelo governo, até mesmo suas escolhas como universidade, carreira a seguir e
quantidade de filhos que terão é ditado pelo governo.
Nem sempre tudo foi bom como é agora. Na escola, aprendemos que antigamente, nos tempos sombrios, as pessoasnão percebiam quão mortal era a doença do amor. Durante muito tempo ela era inclusive encarada como um sentimento bom, a ser celebrado e buscado. (Pág. 8)
Toque de recolher às oito da noite para aqueles que ainda
não foram curados, escutas nos telefones, canais de tv controlados, tudo para
evitar que a doença se espalhe pela população. E aqueles contra a cura, são
considerados simpatizantes e perseguidos pelo governo, quando não condenados a
morte, são jogados na cripta onde ficam até a morte. A cura não é aconselhada para
menores de 18 anos, pode trazer sérios danos se submetidos antes do tempo, tais
como: danos cerebrais, paralisia parcial, cegueira ou consequências piores. E
mesmo depois dos 18 anos, a cura pode não ter efeito, o que aconteceu a mãe de
Lena, que passou três vezes pelo procedimento que não teve sucesso. Existem
aqueles contra a cura que acabaram fugindo e refugiando-se fora da cidade,
locais conhecidos como selva, estes são chamados inválidos.
Confesso que até chegar a página 100 meu interesse estava
comprometido, estava lendo o livro sem muita empolgação, achei o início meio
arrastado, mas, então aconteceu, a autora soube prender a atenção ao livro de
tal forma, tudo vai encaixando, aparece Alex na vida de Lena, e esse desperta
o sentimento tão temido na protagonista. E esse sentimento acaba por mostrar a
Lena a realidade da situação em que ela vive.
Estava na página 120 do livro quando me vi totalmente absorvida
pela história, era tarde da noite e só larguei o livro quando terminei a
leitura o dia já estava amanhecendo. Recomendo a leitura e estou louca para ler
a sua continuação: Pandemônio.
E vocês leitores, o que acharam?
Abraços e Boas Leituras
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